31/01/2010

Copo meio cheio/meio vazio

Vazio ou cheio, não me importa. O que não tolero é o "meio".
Não suporto o meio. Se não estou 100% satisfeita com o que faço ou tenho, então isso vale zero.
Vale mais ter o copo completamente vazio e poder pensar que a partir dali só se pode subir.
Mas um "médio", um "assim-assim", uma palmadinha nas costas, um "vai-se andando" mexem-me com os nervos.
Não gosto dos meios termos. Ou se é ou não se é. Vale mais partir logo a louça toda do que andar com paninhos quentes num engano dormente e insensível.
Não gosto de coisas mornas. Literalmente falando. A comida ou a água do banho, ou são quentes ou frias. Nunca mornas. Morno é-me desagradável aos sentidos.
Não gosto de meias golas. Nem de ver, nem de as sentir. Incomodam. Se está calor, não se usa gola subida. Se está frio, venha a gola até ao queixo. Mas se a gola é meia, deixa sempre algo a desejar. Se o próprio tempo não é quente nem é frio, é uma indefinição e vemos na rua algumas pessoas de t-shirt e outras de casaco quente.
Não gosto destes limbos. Não gosto do beje. Já gostei, agora já não.
Pão, pão; queijo, queijo. Ou sim ou sopas. Ou 8 ou 80. Ou ao mar ou à terra. "No meio é que está a virtude" são balelas. Precisamos definir-nos.

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