30/03/2010

Tudo por causa da luz da tarde

Os últimos dias têm sido singulares... Ora faço uma aula de combat no ginásio e me sinto eufórica e invencível, ora vou comer uma francesinha com a minha mãe e a minha irmã e o ambiente ruidoso do restaurante, com gente a entrar e a sair, faz-me ter um ataque de agorafobia como já não tinha há muito...
A mãe foi embora hoje. Ainda está fresco. Ainda como a comida que ela fez e as coisas permanecem no sítio onde ela as colocou, mas amanhã já não vai ser assim...
Saí do trabalho há pouco e, por a hora ter mudado há 2 dias, ainda sinto aquela novidade de sair e ainda estar sol. Aquele sol frio, mas claro e envolvente.
Esta é uma tarde de esperanças. Porque é em tardes de sol como este (com mais calor, certo, mas com uma luz igual) que eu gosto de sair, e toda a gente parece mais viva e mais bonita, e há actividade em todo o lado. Tardes de sol como esta lembram-me os bailes de verão, o cheiro do algodão doce, a música, a gente toda na rua, as festas da terra, as férias da gente que tem férias em Agosto (que não é o meu caso), o cheiro da água das piscinas, os gelados, os risos.
É uma tarde de esperanças por uma superação, uma alegria maior, uma realização e um sentimento de plenitude que nos faça sentir que vale a pena andar cá, que o mundo é um sítio bonito e que nós, pessoas, somos também seres maravilhosos.
Estas tardes não ficam contidas no seu tempo, elas projectam-se muito para a frente, porque eu tenho a certeza que, num futuro próximo, numa tarde como esta, eu estarei a ser feliz.

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