25/01/2012

As horas

Acordo cheia de vontade de chegar ao trabalho e começar a fazer qualquer coisa! Para dissipar o sono e para me sentir útil, fazer algo que gosto e que faço bem.
Anseio pela hora de almoço, para ir a casa, comer sentada no sofá, descalçar-me durante um bocado, quem sabe ir ao café, comer uma nata...
Regresso ao trabalho satisfeita, com vontade de fazer mais qualquer coisa. O tempo até costuma estar mais soalheiro e claro da parte da tarde...
Espero que o trabalho acabe para passar em casa a toda a pressa, morta por chegar ao ginásio.
No ginásio, vou olhando para o relógio, à espera que aquela hora passe rápido para chegar a casa, tomar um belo banho bem quente, jantar já de pijama e saltar para o sofá à espera que passe alguma série gira.
Gosto quando chega o momento em que o sono começa a incomodar e, aí, vou preparar umas torradas e um leite quente, que tomo na cama, enquanto leio umas páginas de um livro qualquer.
Dou-me conta que passo o dia a desejar passar para o momento seguinte... e depois queixo-me que os dias passam rápido de mais.

23/01/2012

"A Rainha Vermelha", de Philippa Gregory


Eu devorei o primeiro romance que li desta senhora, "Duas Irmãs, Um Rei". Adoro tudo o que seja romances históricos e tenho um fraquinho especial pela Idade Média e pela história dos Tudor, na qual se encaixa o género desta autora.
Por isso, foi com imensa satisfação que o recebi, presente da minha "Adorable One", e que iniciei a leitura.
As duas narrativas são, no entanto, bem diferentes. "Duas Irmãs, Um Rei" é uma novela, uma história muito envolvente e terna, em que nos sentimos muito confidentes da personagem que narra a história, Mary. Por outro lado, em "A Rainha Vermelha", a narradora e protagonista, Margarida, é uma mulher que desde a infância vê o seu destino ser jogado ao sabor das intrigas da corte, os seus desejos e sonhos serem completamente negligenciados e, por isso, cresce com um sentimento de amargura e frustração, ambição, inveja e vingança. É, por tudo isto, uma heroína que muito pouca simpatia despertou em mim. Ainda assim, é fascinante assistir à sua luta silenciosa, feita de oportunismos, interesses e traições, com o fito de colocar o seu único filho no trono de Inglaterra, ao qual só ele tem direito legítimo, no ver dela.
A leitura é, então, quase compulsiva, na pressa de saber mais e mais desenvolvimentos. Philippa Gregory tem o dom extraordinário de misturar na medida certa o que é História e o que de ficção a poderá enriquecer. Além de que todas as descrições são feitas com moderação, dando os detalhes interessantes acerca dos acontecimentos, ambientes e personagens, sem que se torne nunca aborrecido.
O final é um pouco precipitado e simples, terminando com a reacção de Margarida ao saber o desfecho da batalha decisiva que confrontara o seu filho, Henrique, com o Rei Ricardo de Inglaterra. Estou, por isso, a aguardar que venha uma continuação que, segundo andei a farejar, se irá chamar "The White Princess"... Ansiosa!!!

21/01/2012

A Saga Continua: O Verme Estrebucha

...foi queixar-se ao meu chefe. Dá pra acreditar em tamanho despropósito??

17/01/2012

Como esmagar um Verme em três passos

Tratamento especialmente indicado para Vermes que são conhecidos no burgo por serem uns morcões tarados, mal-encarados, reles e inúteis, que por acaso trabalharam no mesmo edifício que nós e que ultimamente se lembraram de deixar bilhetes remelosos no nosso carro a dizer que quando nos vêem sentem batimentos cardíacos.

Passo 1
Abancar no café nas proximidades do sítio onde o carro está estacionado, para poder ver se alguém se aproxima dele. Café esse que fica ao lado do café onde o miserável já foi avistado.

Passo 2
Assim que o estupor aparece, encolher, para não dar nas vistas, olhar casualmente na direcção oposta.

Passo 3
Quando o fulano está confortavelmente sentado na esplanada (virado para o carro em questão, ainda por cima, o atrevido), ir até ele, fulminá-lo com o olhar enquanto lhe são despejadas poucas mas boas.

Nota: para um efeito ainda mais devastador, rematar com um "Arranje qualquer coisa útil para fazer da sua vida miserável. Está avisado. Agora pense."

15/01/2012

Operação OBRAS

Detalhes:
Localização - na minha casinha
Duração - de 6 a 13 do corrente
Descrição - remoção da tijoleira do hall, sala, cozinha e despensa. Área: ± 45 m2. Substituição da canalização podre; substituição do mobiliário de cozinha do tempo dos Afonsinhos.

Situação actual: ao terceiro dia de limpeza de pó, serrim, lixo e afins, colocação de mobiliário de volta à localização original, limpeza/lavagem de todos os tarecos, estou cansada, dorida, com os joelhos negros (em parte porque fico pisada com facilidade, em parte porque andei a limpar o chão todo, de uma ponta à outra à boa velha maneira de andar de quatro. Esfregonas é para as mulheres dos anúncios de tv.), o pé massacrado porque levei com o baú cheio de roupa e toalhas em cima... Culpa minha, admito. Pó. No cabelo, na pele de cara... sim, já esfoliei mas o esfoliante não faz milagres... Ah! e os meus óculos! Os meus óculos atestam a veracidade da minha descrição:
Pó. Muito pó mesmo.

09/01/2012

Abraço, de José Luís Peixoto


Já o acabei... E que pena...! Como fiz questão de escrever no mural da página oficial do Zé Luís no Facebook, tornou-se um hábito ir dormir só depois de, às vezes lutando contra o cansaço que teimava em chegar, ler um "abraço"... Vários até! É apaziguadora a escrita do JLP, sossega-nos e faz-nos respirar mais fundo e mais devagar, se o soubermos sentir.
É tão intimista, tão terno e informal que dava por mim a responder mentalmente, na impossibilidade de o fazer de facto, a cada ideia, afirmar a minha concordância, refutar ou pedir mais esclarecimentos, tratá-lo por tu... Assim:
Queridíssimo José Luís,obrigada por esta partilha que me soube envolver e comover! Onde te mostras de tantas formas diferentes, tanto como nós...!
Quando falas como pai, choro e amo-te!
Quando falas como filho, comoves-me e fazes-me sentir como se fosses meu irmão.
Quando falas do Amor, é adorável e tão esclarecedora a incapacidade que confessas e que, afinal, revela totalmente o quão bem sabes amar.
És uma voz, uma mão dada, uma dor, uma contemplação e, na impossibilidade de te interromper, cortar a palavra para dizer o quanto te compreendo, como já pensei o mesmo, sinto ganas de agarrar num lápis e escrever por cima das tuas palavras, nas margens, acrescentar páginas, responder-te.
Não percebi porque é que durante todo o tempo que estive na faculdade a minha mãe dormiu mal, ou porque ainda hoje se recusa a ir para a cama até eu estar em casa. Nunca percebi até ler "Hoje eu sei quanta serenidade é necessária para que um pai adormeça antes dos seus filhos".
Como me moves...! Fazes-me hedonista, porque quero saber saborear sabores (aliteração/redundância??) como tu os saboreias.
Saudosista, suspiro por memórias e recordações que são tuas. E quero ver e ir a tantos lugares...!
Todas as noites li duas, três, seis, sete histórias, crónicas, recordações, ABRAÇOS, afinal. E combatia o sono...Só mais uma, só mais uma...
Vou reler-te, de certeza!

08/01/2012

As melhores músicas de 2011

Cá está mais um desafio em corrente... Sim, sei que é irritante e que algumas pessoas ficam com tremeliques na pálpebra de cada vez que são convocadas. Mas achei graça a este... Quem me meteu nisto foi o Johnny, esse bacano. =) E com jeitinho até ficamos a conhecer umas coisas novas, e qualidade...
A coisa processa-se da seguinte forma: escolhem 5 músicas que descobriram no ano de 2011. Podem não ter sido editadas nesse ano, mas ter sido ouvidas apenas nesse ano.

1º Coldplay - Paradise

2º Reeve Carney ft. Bono & The Edge - Rise Above

3º Jamie Cullum - All at Sea

4º Maroon 5 - Moves Like Jagger

5º David Fonseca - You Know Who I Am

Pronto... acho que é mais ou menos isto... Menções honrosas vão para:
Bad Company - Seagull: velhinha mas recém-descoberta. Belíssima.
Red Hot Chilli Peppers - Wet Sand: um tesourinho que ouvi pela primeira vez este ano, completamente por acaso, e adorei!
Bruno Mars - The Lazy Song: pela boa onda e pelo vídeo hilariante.
...e vou ficar por aqui. Passo a batata quente ao Otário querido; ao El Matador que, tenho para mim, vai odiar esta paneleirice; à Fabi, que vai escolher músicas luminosas, de certeza; à Marlene, que anda muito fugida; e à Papoila, para ter mais um pretexto para por mais músicas no blog =)

Tempo


A luz vai descendo, caindo. Olhando de cá de baixo, dá a impressão que sobe, em vez de cair, porque as ruas estão já negras e o céu conserva ainda por momentos um tom celeste de azul, a despedir-sedo dia que foi e a prometer o regresso... Até breve, até breve. Amanhã.
Foi um dia de ociosidade e preguiça e essa lassidão estende-se do meu corpo e dos meus sentidos até ao mais recôndito cantinho da minha consciência. Estou à espera de algo, mas não desespero. Amanhã. Amanhã já aí vem. Sei ser paciente. Espero, mas tranquila. Não me impaciento, não quero apressar nada. Gozo o momento de espera porque sei que quando chegar, vou ter que ser, ir, fazer, ver, agir. Assim, espero e saboreio a demora.
A única demora que desejo apressar neste momento é a energia que o meu avatar necessita para se mexer em determinado joguinho do FB... De resto, espero. Take your time...

03/01/2012

Apetecia-me mesmo.... #10


Parar no tempo. Apenas uma pausa. Ficar "sem rede" durante um bocado.
Apetece-me muitas vezes e, nessas alturas, ando de elevador mais do que o costume e espero, em todos os inícios de "viagem" que o elevador pare a meio e que eu fique lá trancada uma boa meia hora... Nem me importo de não ter telemóvel para me entreter. Aliás, a ideia é mesmo ficar "off the radar"... preocupa-me só que me possa dar a fome a dada altura.
Fora isso, eu desejo, às vezes com força, que o elevador pare e eu possa sentar-me no chão e fechar os olhos um bocadinho, cantarolar baixinho, não ter que ir onde sou esperada, enquanto cá fora todos correm para me tirar dali...


...Com tantos desejos tresloucados ainda acontece o estupor da máquina falhar precisamente em alguma ocasião em que eu tenha mesmo, mas MESMO, de fazer alguma coisa ou estar com alguém... Livra!

01/01/2012

"Next Year" is Now



Next Year,
Things are gonna change,
Gonna drink less beer
And start all over again
Gonna read more books
Gonna keep up with the news
Gonna learn how to cook
And spend less money on shoes
Gonna pay my bills on time
File my mail away, everyday
Only drink the finest wine
And call my Gran every Sunday
Resolutions
Well Baby they come and go
Will I do any of these things?
The answer's probably no
But if there's one thing, I must do,
Despite my greatest fears
I'm gonna say to you
How I've felt all of these years
Next Year, Next Year, Next Year

Nota: as resoluções acima referidas em nada se assemelham às minhas, uma vez que eu já sou quase todas aquelas coisas. ...sim, é verdade. Estou próxima da perfeição...