23/01/2012

"A Rainha Vermelha", de Philippa Gregory


Eu devorei o primeiro romance que li desta senhora, "Duas Irmãs, Um Rei". Adoro tudo o que seja romances históricos e tenho um fraquinho especial pela Idade Média e pela história dos Tudor, na qual se encaixa o género desta autora.
Por isso, foi com imensa satisfação que o recebi, presente da minha "Adorable One", e que iniciei a leitura.
As duas narrativas são, no entanto, bem diferentes. "Duas Irmãs, Um Rei" é uma novela, uma história muito envolvente e terna, em que nos sentimos muito confidentes da personagem que narra a história, Mary. Por outro lado, em "A Rainha Vermelha", a narradora e protagonista, Margarida, é uma mulher que desde a infância vê o seu destino ser jogado ao sabor das intrigas da corte, os seus desejos e sonhos serem completamente negligenciados e, por isso, cresce com um sentimento de amargura e frustração, ambição, inveja e vingança. É, por tudo isto, uma heroína que muito pouca simpatia despertou em mim. Ainda assim, é fascinante assistir à sua luta silenciosa, feita de oportunismos, interesses e traições, com o fito de colocar o seu único filho no trono de Inglaterra, ao qual só ele tem direito legítimo, no ver dela.
A leitura é, então, quase compulsiva, na pressa de saber mais e mais desenvolvimentos. Philippa Gregory tem o dom extraordinário de misturar na medida certa o que é História e o que de ficção a poderá enriquecer. Além de que todas as descrições são feitas com moderação, dando os detalhes interessantes acerca dos acontecimentos, ambientes e personagens, sem que se torne nunca aborrecido.
O final é um pouco precipitado e simples, terminando com a reacção de Margarida ao saber o desfecho da batalha decisiva que confrontara o seu filho, Henrique, com o Rei Ricardo de Inglaterra. Estou, por isso, a aguardar que venha uma continuação que, segundo andei a farejar, se irá chamar "The White Princess"... Ansiosa!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário