12/04/2012

"A História de Edgar Sawtelle", de David Wroblewski

Nheeeee....
Acabar este livro foi algo penoso, devo confessar... Despertou-me a curiosidade a beleza da capa, as críticas positivíssimas (a Oprahdiz que é tudo o que se pode desejar num livro!!!), algo na sinopse... Mesmo tendo lido opiniões de leitores em blogs que diziam menos bem do livro, usando palavras como "desilusão" e "arrasta-se", mantive-me na minha e portantos cá venho agora, de orelhas baixas, reconhecer que já li livros (muito, mas muito) melhores...
Sim, é interessante e envolvente ler as partes dedicadas à descrição dos treinos dos cães Sawtelle... Sim, a paisagem descrita, o Wisconsin ermo, gelado e selvagem, ajuda a nossa imaginação a viajar... Mas acho que é tudo. Não entendo algumas das personagens. Não percebemo as suas personalidades e motivações, os seus caprichos e histórias. A acção rasteja, morosamente, a ponto de me fazer questionar "mas afinal qual é a história propriamente dita? A trama? A motivação para virar a página uma e outra vez...?" Não há. Andamos ali meio perdidos à espera que algo aconteça... Vem a acontecer muito lá para o fim, mas é mais o que fica por dizer do que o que é dito, não é claro, não é revelador... É como uma telenovela da qual perdemos alguns momentos enquanto íamos à cozinha vigiar o fogão onde estamos a preparar o jantar. Já para não falar do fim, que é algo despropositado e insatisfatório... Além de que não consegui gostar da escrita deste autor. Usa comparações e metáforas que não lembram a ninguém... Expressões que, parece-me, pretendem ser originais mas caem um bocado ao lado... Enfim... Vou tentar livrar-me do livrinho quanto antes!!

2 comentários:

  1. Por vezes é isso que acontece. Também fiquei um pouco desolado com as "Últimas quatro coisas" de Paul Hoffman, talvez por causa das expectativas criadas pelo primeiro livro, já para não falar em algumas coisas que me pareçem contradições (lugares, países, comidas, etc). Mas há casos onde se pega no livro apenas pelo nome (O sentido da Noite, de Michael Cox) e ao se ler a introdução se pense que fizémos um erro, pois deve de ser chatérrimo e ainda por cima é um autêntico tijolo.

    Mas eis que afinal, ainda que não seja uma história vertiginosa acabou por ser uma leitura interessante e agradável, mas claro está isto não passa de uma opinião.

    Depois de um livro menos bom, ou mesmo mau, importa apenas passar para outra.

    Bem vou então passar para o II volume da "Dark Tower" de Stephen King (de um total de VII), nada pequeninos, e ainda por cima em inglês.

    Boas leituras.

    Utópico

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  2. Utópico, realmente "As quatro últimas coisas" não esteve nem perto da qualidade d' "O Braço Esquerdo de Deus"... Nisso concordo! No entanto, lá para o final a coisa cresceu um pouco de interesse e agora estou à espera do terceiro (e último, espero) para tirar a teima...
    De facto, há vezes em que as capas, ou a sinopse, ou as críticas, ou a nossa curiosidade nos levam a escolher mal uma leitura... Tento nunca deixar o livro a meio, mas acabo-o o mais depressa possível, para passar a um outro! Não fico a matutar na desilusão... só no dinheiro que perdi, porque os livros andam um bocado para o caro...
    Boas leituras também para ti! Beijinhos

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