20/05/2015

Deitar nas curvas

Se eu fosse da área de física, saberia o nome da lei que faz com que, para não perder o equilíbrio e manter a velocidade, um ciclista tenha que inclinar o corpo no sentido da curva...
Não sei assim tanto de física mas ultimamente dou alguns passeios de bicicleta por aí, vou-me aventurando e ganhando confiança aos poucos... Quem sabe um dia deixo de ter ciúmes do tempo que o rapaz passa com as bicicletas e passo eu a acompanha-lo nessas andanças...?
E já aprendi a sensação maravilhosa que é não ter medo numa curva (desde que não seja muito apertada...ainda estou a começar!) e deixar o corpo inclinar, como se fosse uma continuação natural da bicicleta, em vez de um mero passageiro...
E dou-me conta que o estado depressivo/montanha-russa emocional em que ando seria atenuado se eu aprendesse a deitar-me nestas curvas emocionais...
É muito assustador! Porque estamos em movimento e sobre duas rodas e parece disparate pensar em inclinar o corpo em direcção ao chão... Mas o segredo está precisamente no movimento e nas velocidade que nos levam... Então é só confiar, deixar o corpo ir e a sensação de leveza nesse momento é de fazer os pulmões dilatar!
Há que resistir ao impulso que apertar o travão de repente, ou de endireitar o corpo a meio da curva... Já que se começou o movimento, há que o levar até ao fim, com confiança.
No momento em que eu aprender a deitar-me nas minhas curvas emocionais, serei uma pessoa mais serena e mais adulta.

16/05/2015

I'm going to my happy place

...é o que se diz, em inglês, quando nos tentamos abstrair de um momento ou realidade desagradáveis. Dizem "vou para o meu lugar feliz" e, mentalmente, tentam pensar em coisas positivas e sítios onde se sentem bem, até a tormenta passar...

Tenho tido dias tumultuosos, eu... Acho que ando deprimida. Ando carente. E as vezes até me sinto um pouco louca e desequilibrada. E, num momento de cansaço intenso, quando pensei nesta expressão, foi com desespero que reparei que neste momento não tenho um lugar feliz para onde ir. Não sei onde isso é. E, por isso, choro.