20/01/2018

A Promessa (filme)


Ontem, completamente por acaso e sem fazer grande questão disso, lá dei por mim na sala do cinema para ver "A Promessa"... Tinha visto o trailler de raspão, sem me chamar muito a atenção, excepto na parte de andar por lá o Christian Bale...

Vim de lá a modos que arrasada... Mas é um arrasada "bom"... Abalada. Decerto. A história passa-se no antigo Império Otomano (actual Turquia), nos inícios da Primeira Guerra Mundial.
O trágico episódio do Holocausto Judeu levado a cabo pelos Nazis, que é sobejamente conhecido (mas ainda negado) por tantos, é em tudo comparável ao que já tinha acontecido ali, décadas antes, quando os Turcos supostamente quiseram "reconduzir" milhões de Arménios em segurança para fora do seu território... Este "reconduzir" significou afinal incêndio e pilhagens das suas casas e lojas, massacres em massa, trabalhos forçados... em suma, um autêntico Genocídio que, tantos anos depois, e apesar de todas as tentativas por parte da Nação Arménia, a Turquia ainda não reconhece ter cometido.
O filme é, assim, baseado em factos reais e embora não mostre muito das torturas da praxe que caracterizam estes tempos, tem cadáveres com fartura e comoveu-me até ao mais fundo do meu ser nas cenas em que um autêntico exército armado de artilharia bombardeia uma montanha inóspita onde se refugiam milhares de idosos, mulheres e crianças que lhes pediam para ser deixados a viver ali em paz e que vão ripostando com arremesso de pedras contra o inferno sanguinário que lhes cai em cima.
Não é uma história de guerra, no sentido de haver grandes cenas de combates. É um romance mais emocional... Que me devastou, mas que acho importantíssimo ser visto e conhecido.

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